segunda-feira, 18 de junho de 2012

20 MILHÕES DE MILHAS DA TERRA



20 Million  Miles To Earth

É um filme de ficção cientifica de 1957 baseado em uma historia de Charlotte Knight com roteiro de Christopher Knopf e Bob Willians. Foi produzido por Charles H. Schneer e distribuído pela Columbia Pictures. Foi dirigido por Nathan H. Juran que apresentou no filme um novo processo de movimentação entre as miniaturas animadas e as pessoas reais. Esse processo criado por Ray Harryhausen ficou conhecido como sistema Dynamation, que permitia inserir a ação dos atores atrás e na frente da criatura e não dando mais a impressão artificial de filmagem sobreposta quando apresentada na tela Grande.
E como acontece com vários outros filmes produzidos por Charles H. Schneer, esse foi desenvolvido para mostrar o talento de Ray Harryhausen na animação stop motion.

Roma foi escolhida para ser rodado o filme por que Ray queria conhecer a Itália e queria passar umas férias lá.
Ele mudou o local da historia de O Ciclope que ele tinha escrito com Charlotte Knight que se passava em Chicago e mudou a ação para a Itália.
O filme teve o titulo provisório de O Gigante Ymir e também foi lançado como The Beast From Space, mas acabou sendo intitulado como 20 Milhões de Milhas da Terra.
E acabou que na versão de lançamento em nenhum momento do filme ninguém se refere à criatura pelo nome de Ymir.

Charles H. Schneer queria que o filme fosse a cores, mas Ray insistiu para fazer em preto e branco, pois a Kodak tinha acabado de lançar um filme de 35mm que eliminaria o problema de grãos quando a imagem traseira é re-fotografada.
Nisso Ray teve seu desejo atendido, mas esse foi o ultimo filme que fez em preto e branco.
Ray queria que na verdade o filme fosse a cores, mas na época não foi dado ao cineasta um orçamento grande o suficiente para fazer um filme colorido.

Ray queria uma criatura humanóide. A experiência que teve em O Poderoso Joe, fez com que Ray ficasse pensando que poderia se superar.
Ele não queria que o personagem fosse um homem.
A criatura foi tirada do seu planeta natal e trazido a Terra para um ambiente estranho para ele.

Ray projetou e construiu duas armações, uma de vinte polegadas e outra menor do modelo do Ymir.
Hoje Infelizmente o Ymir original não existe mais, pois foi desmontado e suas peças foram usadas para fazer outras criaturas, mas Ray fez copias exatas da criatura.
O poste de luz que Ymir agarra e quebra em Roma, e que também estava perdido foi encontrado.

O nascimento do Ymir saindo do ovo talvez seja um dos momentos mais tocantes que em qualquer um dos outros filmes de Ray, pois a criatura esta no seu ponto mais vulnerável nesse momento.
Quando o animal nasce e esfrega os olhos você sente compaixão por ele. É um ator animado e Ray queria que Ymir fosse simpático. Mas duas coisas transformaram o Ymir inofensivo em uma ameaça.
A hostilidade dos Terráqueos contra ele e um curioso vicio em enxofre acelerou seu crescimento e exacerbou seu temperamento. Ele não era muito agressivo ate que o cão e o fazendeiro fossem agressivos com ele.
O que acaba fazendo por fim ele se tornar bem malvado, pois o homem o tortura e o atormenta. Ele era uma pobre alma desamparada longe do seu lar.
E no final acabou em Roma em cima do Coliseu. A cena foi uma influencia do King Kong em cima do Empire State Building.
Ray achou que seria um final espetacular para o filme. Para mostrar que o homem destrói tudo o que não entende.
Ray sempre brinca que ele foi o responsável pela destruição de Nova York, São Francisco e Washington.

A ação dos atores ao vivo foi gravada em Spelonga na costa da Itália, em Roma, na Galeria Borghese, no Coliseu, em torno do Rio Tibre e no Fórum Romano.
20 Milhões de Milhas da Terra foi uma homenagem que Ray fez a seu mestre Willis O’Brien e a King Kong.

Em 2007 Ray trabalhou com a Empresa Legend Films na restauração e colorização para criar uma versão colorida do filme. Essa versão foi lançada juntamente com a versão original em preto e branco como parte do lançamento da Edição de Aniversario de 50 anos do filme.




Dirigido por Nathan H. Juran
Produzido por Charles H. Schneer
Escrito por Bob Willians e Christopher Knopf
Estrelando Willian Hopper, Joan Taylor e Frank Pugila
Distribuido por Columbia Pictures
Lançado em Junho de 1957
Duração 82 minutos
Pais de origem EUA

Técnico de efeitos especiais Ray Harryhausen




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