domingo, 24 de junho de 2012

SIMBAD E A PRINCESA


The 7th Voyage of Sinbad  (A 7th Viagem de Simbad)

É um filme de fantasia de 1958 produzido por Charles H. Schneer, dirigido por Nathan H. Juran e lançado pela Columbia Pictures.
Foi o primeiro dos três filmes de Simbad feitos pela Columbia Pictures que foram desenvolvidos na concepção visual e animados por Ray Harryhausen.
Foi filmado com uma técnica especial de animação stop motion chamado de Dynamation o novo milagre na tela.

Ray e Charles se cansaram de fazer filmes de destruição que eram populares nos anos de 1950, e resolveram seguir um caminho diferente, o caminho da ação, do suspense e da imaginação.
Um caminho iluminado pelos desenhos que Harryhausen fez para ilustrar sua idéia de um filme sobre Simbad o legendário marinheiro árabe.

Foi Ray que teve a idéia de usar as Mil e Uma Noites como um meio para usar a animação stop motion. Foi ele que escreveu um pequeno resumo da historia que ele chamava de Simbad o Marinheiro e fez vários desenhos inclusive a luta com o esqueleto na escadaria em espiral. Ele tinha esses desenhos dês de 1953, quatro anos antes de começarem a produção.

A idéia de Simbad e a Princesa seguiu anos depois de O Poderoso Joe. Ray queria encontrar outras perspectivas e criou 8 grandes esquetes baseados nas aventuras de Simbad. Pois sentia que ele personificava a aventura.
Quando Charles viu os desenhos ficou totalmente pasmado, pois eram mais que o suficiente para mostrar e vender ao distribuidor.
Foi o primeiro filme colorido que eles fizeram e foi o primeiro experimento de Ray com sua marca registrada, o esqueleto vivo.


O esqueleto foi a inspiração para criar uma aventura de Simbad quando Ray começou a desenhar.
E foi no castelo de Sokurah que Ray achou que poderia usar o esqueleto, pois o mago Sokurah podia mover objetos inanimados graças a sua magia negra.
Kerwin Mathews e Kathryn Grant protagonizaram Simbad e a Princesa, mas foi a criatividade de Ray em sua animação stop motion que fez o filme ser um dos grandes sucessos de 1958.
E influenciou uma nova geração de criadores de efeitos especiais que o consideram como um dos filmes mais importantes de sua época.
Ray disse que Mathews que interpretou Simbad foi um mestre da ilusão, pois conseguiu lutar com uma criatura imaginaria. O esqueleto só foi inserido no filme meses depois de acabarem as filmagens.

Cinco cenas do filme foram descartadas e acabaram não sendo filmadas. A primeira era que Simbad e a princesa Parisa são perseguidos por ratos gigantes criados pelo maligno feiticeiro Sokura.
A segunda cena mostrava Simbad e seus Homens sendo atacados por morcegos demoníacos., a terceira cena mostraria mulheres com caudas de peixe, sereias. a quarta cena mostraria uma serpente gigante que atacaria os marinheiros em uma árvore e a quinta cena seria o clímax do filme e mostraria uma luta entre dois Ciclopes. Mas no entanto a versão final o clímax, ficou com uma luta entre o Ciclope e um Dragão.



Na mitologia clássica há muitos ciclopes, mas nunca teve um tão grande. Ray fez ele gigante para que parecesse ameaçador. E isso funcionou muito bem inclusive ao ter que enfrentar o Dragão.

Ray fez o Ciclope com um chifre, pernas de bode e cascos, tendo como base uma idéia do conceito do Deus grego Pan. Ele desenvolveu muito bem o visual da criatura, como o tronco, peito, braços a postura e o estilo de movimento.
A armação que ele usou para fazer o corpo do Ciclope é a mesma armação do Ymir de 20 milhões de milhas da terra, ele usou a mesma armação nas duas criaturas.
O Ciclope é o personagem mais popular do filme, mas o personagem favorito de Ray é a mulher cobra que é a combinação da empregada da princesa Parisa, Sadi com uma cobra.

Ray Harryhausen demorou 11 meses para concluir as seguências de animação para o filme.
O modelo do Dragão era bem grande e muito difícil de animar, a luta do Ciclope e o Dragão levou de duas a três semanas para Ray finalizar a animação.



Era para que o Dragão quando respirasse soltasse fogo de sua boca, mas o custo dessa seguência teria sido muito auto.
As cenas em que o Dragão cuspia fogo Ray usou um lança-chamas e filmou a noite atirando o fogo contra o céu, as chamas chegavam a 30 a 40 pés de altura.
Depois ele fazia uma sobreposição de imagem colocando as chamas perto da boca do Dragão. 
A cena da luta de espadas entre Simbad e o Esqueleto ficou tão famosa e popular que Ray acabou recriando essa cena de um jeito mais aprimorado fazendo um exercito de Esqueletos armados para lutarem contra o herói Grego Jasão e seus amigos em Jasão e os Argonautas em 1963.  

A musica do filme foi composta pelo falecido Bernard Herrmann, que é bem conhecido por colaborar com o diretor Alfred Hitchcock.
Herrmann compôs mais três musicas para outros filme de Harryhausen, A Ilha Misteriosa, Os Três Mundos de Gulliver e Jasão e os Argonautas. Ray considera a trilha sonora de Simbad e a Princesa como sendo a melhor de todos.


Ray considerava Willis O’Brien como seu mentor, e logo depois os jovens artistas da animação e efeitos especiais o considerariam ele assim também. 


A Armadura do Ciclope ainda existe apesar de antes estar faltando uma perna (mas a perna que faltava foi encontrada e restaurado), já o Dragão foi encontrado só o crânio de madeira em cima de uma prateleiras na garagem de Ray, o pássaro Roca e o seu filhote todos ainda existem.

Dirigido por Nathan H. Juran
Produzido por Charles H. Schneer e Ray Harryhausen
Escrito por Kenneth Kold
Estrelando Kerwin Mathews, Torin Thatcher, Kathryn Grant, Richard Eyer e Alec Mango
Musica de Bernard Herrmann
Edição Roy Watts
Distribuição Columbia Pictures
Lançamento 23 de Dezembro de 1958 nos Estados Unidos
Duração 88 minutos
Orçado em 650 mil dólares
Efeitos especiais visuais feitos por Ray Harryhausen

Os sonhos de Ray iam cada vez mais longe e quando era jovem queria fazer a historia de David e Golias.



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